sábado, 12 de março de 2011

Professor de geografia, árbitro do Fla-Flu espera passar despercebido

Com apenas 26 anos de idade, o árbitro Pathrice Maia está muito perto de enfrentar o primeiro grande desafio de sua curta carreira. Escalado para o Fla-Flu do próximo domingo, às 18h30m, no Engenhão, o árbitro, que também é professor de geografia, se mostra tranquilo e diz que esperava por esse momento. Sem demostrar surpresa com a escalação, o jovem juiz, que participa do Campeonato Carioca desde 2008, afirma que o seu grande objetivo é passar despercebido durante o clássico.

- Na realidade, estava esperando (a escalação). Ainda mais porque perdi o sorteio da semifinal da Taça Guanabara. Sou um dos árbitros que mais apitou nesse estadual e fiquei muito satisfeito pelo reconhecimento do meu trabalho. Todo jogador sonha disputar uma Copa do Mundo. E o árbitro também. O atleta deseja fazer o gol para aparecer. Eu quero passar despercebido. Para o árbitro, não aparecer é aparecer. Vi o jogo do Flamengo contra o Bangu e também o último do Fluminense. É importante saber a característica de cada jogador.

Mesmo sendo seu primeiro clássico, Pathrice Maia diz que está acostumado a comandar jogadores renomados em campo. Para ele, a receita para ter o controle do jogo é tratar todos atletas da mesma maneira.

- Desses atletas, o único que não apitei um jogo foi o Ronaldo. Não permito indisciplina, e o pessoal já me conhece. É uma satisfação trabalhar em uma partida com grandes jogadores, mas trato todos com o mesmo respeito. O nome não vai interferir na hora de aplicar um cartão vermelho, por exemplo.

Neste sábado, ele vai para um hotel e fica concentrado até o momento de ir para o Engenhão. Pathrice disse que não costuma ter manias antes dos jogos, mas gosta de fazer o aquecimento dentro de campo para amenizar as vaias.

- Se não fosse um clássico, talvez iria ao cinema. Não tenho muitas manias, mas gosto de me aquecer dentro de campo para receber logo aa primeiras vaias. Assim, quando retorno, a torcida já me esqueceu (risos). Gosto do ambiente das arquibancadas. Sou um árbitro realizado e não um jogador frustrado - garante.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

O mundo se rebela contra a ditadura

Depois de muitos e muitos anos, o mundo começa a se impor, de uma forma mais intensa, contra as ultrapassadas e indesejáveis ditaduras ainda existentes. Após ver a exemplar e histórica manifestação que derrubou Hosni Mubarak, no Egito, é a vez da Líbia se voltar contra o terrível e prepotente Muammar Kadhafi.

Só que, ao contrário da manifestação dos egípcios, o confronto na Líbia não se tranformou apenas em divergências ideológicas, mas também na luta armada. O governo de Muammar Kadhafi mostrou todo seu amor ao combater de uma forma covarde sua própria população e matando mais de 600 pessoas. O mundo está vendo a barbárie e os dias do ditador estão contados.

Antes da Líbia, a onda de protestos em países no Oriente Médio e norte da África, foram inspirados no levante que derrubou o presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali. Os protestos se espalham também por Jordânia, Iêmen, Argélia, Mauritânia, Marrocos, Sudão e Omã.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, impôs na última sexta-feira (25) sanções ao governo líbio de Muammar Kadhafi, para punir a repressão aos manifestantes e debilitar ainda mais o atual regime. Ele está acuado. Porém, é bom lembrar...

A insatisfação com o governo é um traço marcante das manifestações mundiais. Só não podemos esquecer do apoio histórico americano aos ditadores depostos (à exceção da Líbia, que comprou do Brasil, em 2006, blindados para conter tumultos).

E VIVA NOSSA DEMOCRACIA!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Horta retira a sua candidatura à presidência do Vasco

Por, Felippe Costa

A interferência de Eurico Miranda no futuro do Vasco perdeu força na tarde desta quinta-feira. Principal aliado do ex-dirigente nas eleições para presidente do clube, Fernando Horta retirou sua candidatura ao pleito vascaíno. Alegando divergências entre as partes, o presidente da Unidos da Tijuca disse que vai se dedicar a sua escola de coração.

- Algumas divergências políticas entre o meu grupo e o do antigo presidente acabaram influenciando na minha decisão. Sendo assim, para não haver maiores problemas, preferi retirar a minha candidatura. Além disso, não estava com muito tempo para assumir tal função. Tenho que me dedicar a minha escola de samba (Unidos da Tijuca) e preciso tocar outros projetos profissionais fora do paí - disse.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Meia do Bangu não se arrepende de ter trocado cargo público pelo futebol

Quem nunca sonhou em passar em um concurso público e ter uma segurança profissional pela vida inteira? Thiago Galhardo, destaque do Bangu no Campeonato Carioca, conseguiu. Mas resolveu não seguir na profissão para lutar por seu maior sonho: ser jogador de futebol. Há dois anos, ele havia “abandonado” a carreira e apostado na prova para Petrobrás. Dos cinco mil candidatos para as 20 vagas de Isolador, o jovem ficou em 20º. Nesta quarta, ele é a maior esperança do clube na partida de volta da Copa do Brasil diante da Portuguesa, às 21h, no Canindé.

- Sempre tive apoio dos meus pais, mas nunca apareceu uma oportunidade real de jogar futebol. Como eu já tinha o 2º grau minha mãe achou esse curso, e meu pai me prometeu um carro zero, caso passasse. Na época do concurso (maio de 2008) eu morava em São João del Rei (Minas Gerais) e vim para o Rio só para isso. Um dia, meu pai veio até mim chorando dizendo que eu havia passado. Foi emocionante, mas não aceitei o carro, pos sabia que ele não tinha condições de me dar. Cheguei a fazer o curso da Petrobrás no mesmo ano, no bairro de Paciência, e depois voltei para esperar a convocação. Foi ai que pintou uma chance de fazer um teste em um clube e minha cabeça mudou.

Volta sem destino para o Rio de Janeiro

Marquinhos, amigo do pai de Thiago, disse que havia conseguido um teste para ele e mais três garotos, no Rio de Janeiro. No começo, os pais concordaram com a nova aposta do jovem, que voltou para a Cidade Maravilhosa sem saber onde seria o seu destino final.

- Em Novembro de 2008, o Marquinho me chamou para fazer um teste no Rio, mas não sabíamos qual clube seria. Chegamos de carro às 8h da manhã na cidade e fomos parar na Portuguesa da Ilha. Ele tentou convencer o presidente, mas o dirigente não deixou. Na verdade, o Marquinhos não tinha acertado nada com ninguém, estava tentando algo na base do papo. Fomos até o Bangu e deixaram a gente treinar nos juniores. Lembro que fui muito bem e eles acabaram pedindo a minha documentação. Quando liguei para a minha família dizendo que ficaria morando na concentração do clube, eles não acreditaram. Mesmo apoiando, todos não aceitavam o fato de eu desistir da Petrobrás. Como trocaria uma coisa certa por uma duvidosa?

Thiago tomou a decisão de assinar contrato com o Bangu. Conseguiu chegar aos profissionais do clube e, hoje, é o grande destaque da equipe na disputa do Campeonato Carioca e da Copa do Brasil.

- Acho que fiz a escolha certa. Estou trabalhando forte e consegui ser o artilheiro do Bangu. Tenho contrato com o clube até o fim de 2012, mas soube de algumas propostas de clubes do Brasil. Vamos ver o que acontece, mas tenho certeza que algo está guardado para mim.